12 junho, 2008

Capítulo XLIII - Dom Quixote Cervantes

Sou marinheiro de amor,
E em seu pélago profundo
Navego, sem ter esperança
De encontrar porto no mundo.

E vou seguindo uma estrela,
Que brilha no céu escuro,
Mais bela e resplandecente
Que quantar viu Palinuro.

Eu não sei aonde me guia,
E a navegar me costumo,
Mirando-a com alma atenta,
Cuidoso, mas não do rumo.

Recatos impertinentes,
Honestidade no apuro,
São nuvens que a encobrem,
Quano mais vê-la procuro.

Límpida e lúcida estrela,
Só teu clarão me conduz!
Extingue-se a minha vida,
Em se extinguindo a tua luz.


2 Copos(s):

fernanda disse...

Sou marinheiro de amor,
E em seu pélago profundo
Navego, sem ter esperança
De encontrar porto no mundo.

que profundo *-*

Ulisses disse...

Eu li o Dom Quixote e nao tinha isso :X