Abriram os olhos e engoliram um grito de espanto:
Estavam em uma biblioteca enorme, de se perder de vista. Olhavam para todas as direções; Escadas, corredores intermináveis, livros de todos os tipos, pessoas passando e barulhos muito, muito distantes.
As estantes não eram enumeradas, não tinham códigos e nem nomes. Cada pedaço das estantes tinham fotos diferentes. Carmen e Aaron estavam estupefatos, nunca tinham visto tantos livros em suas vidas.
"Abram caminho!", ouviram. De longe viram um homem carregando uma pilha de livros. O mesmo usava um turbante e sapatos estranhos; Estava todo de branco. Usava uma túnica com um medalhão de ouro que não parava de balançar.
-O que fazem aqui parados? Precisam de ajuda? Estão perdidos? Procuram qual autor?
-Procuramos uma explicação! Exclamou Carmen, apavorada.
-Ah, não se preocupe, todos passaram por isso. Por favor, me acompanhem até o salão de leitura, mas não me percam de vista, vocês podem passar a eternidade perdidos aqui -Riu o estranho homem.
Fizeram o que ele pediu; Seguiram-no observando tudo o que passava por suas vistas. O rapaz que parecia ser indiano andava naquele labirinto de corredores e escadas como se tivesse um mapa na sua frente; Virava a esquerda, descia um lance de escada, passava por túneis de livros, desviava de um grupo de homens de toga que discutiam sobre um livro, passavam por estantes com exemplares grossos, finos, grandes, pequenos, de todos os tipos, e algumas prateleiras vazias. Não paravam de descer. Já não aguentavam mais caminhar por aquele piso de mármore preto e seus olhos ardiam com a iluminação das tochas e candelabros em todas as partes; Queriam ir para casa, sentiam falta de suas famílias, pareciam que estavam caminhando a dias.
Quando de repente o homem para, olha para os dois seguidores e diz, com um amplo sorriso:
-Bem vindos ao recomeço do fim.
29 janeiro, 2009
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