Capítulo 5.

O monolito abriu no meio, revelando outro grande salão. Era igual ao local que ela estava inicialmente, mas quase sem livros. Dezenas de milhares de estantes vazias, mas com fotos ainda. Não se viam pessoas caminhando, só as duas.
-Por que tantas estantes vazias, Judith?
-Por que muitas pessoas ainda não sabem pra que serve tudo isso, pois ainda estão perdidas naquele lugar que Koshir os encontrou. Vocês não tem idédia da sorte que foi serem achados por ele.
-Mas tantos se perdem lá?
-Sim, este lugar anda crescendo descontroladamente, e quanto mais pessoas chegam, mais estantes são criadas. Se você parar para analisar, só tem três salões; Os primeiros livros, o salão de leitura e os do século 21.
-Oras, não deveria ter um salão para cada século?
-Na verdade deveria estar no mesmo salão da porta de Carvalho, mas se aquilo crescer mais, as pessoas novas não serão mais encontradas. Ah, chegamos!
Pararam na frente de uma estante igual a todas as outras, mas esta possuía a foto de Carmen, do jeito que ela está, mas sorrindo.
-Aqui ficará seus bens mais preciosos -Disse a senhora -Você não deixará de herança bens materiais, mas sim sua experiência de vida e seu conhecimento.
-Alguém vai ter coragem de ler o que vou escrever? Não tenho dom para isso!
-Sempre terão pessoas que vão ler seus livros, independente de como você os escreveu. Não se sinta na obrigação de começar um o mais rápido o possível, só quando se sentir preparada.
-E se eu morrer até lá? Falou a jovem, em um tom sarcástico.
-Morte? Achei que você já tinha se dado conta! Riu a senhora.
-Desculpe?
-Carmen, você está morta.