10 fevereiro, 2009

Capítulo 6.

Carmen olhou para a senhora com uma cara de deboche, estava tirando as suas conclusões.
-Você é louca, uma velha tola que não sabe o que está falando! O que você ganha com isso, hein? Trazer pessoas visivelmente sob o efeito de drogas para este lugar e dizer que estão mortas? Você precisa de tratamento, isso sim!
Os berros histéricos da mulher ecoavam pelos corredores.
-Como você sabe que está viva, querida? Como tem tanta certeza disso?
-Porque eu estou aqui! Me vejo, vejo você e o resto, sinto o coração bater e o sangue correndo! Penso, logo existo! Preciso de mais provas?
-Você realmente sabe o que é a vida, minha jovem. Mas sabe o que é a morte? Já a sentiu antes? Acha que ela é fria e mórbida, separando os bons e os ruins? Acho que você tem que parar para pensar sobre os dois; Sentir a vida, e sentir a morte.
-E como você sabe que não está viva?
-Descobri do pior jeito, com o tempo.
Judith estava se dirigindo ao salão principal com Carmen atrás, a jovem tinha tantas perguntas, mas estava convicta que a única pessoa a ter a resposta era ela mesma. Por um instante ela se deixou levar "Morte?" pensou, "Quer dizer que tudo o oque eu havia conseguido acabou? Todos os meus sonhos e objetivos ficaram para trás?", mas ao passar pelo monolito, estes pensamentos sumiram ao ver Aaron.
Abandonando o caminho da senhora, ela correu em direção a primeira pessoa que conheceu neste lugar e contou tudo, desde o que viu no caminho até a notícia que Judith deu sobre sua suposta morte. O homem não esboçava reação.
-O que houve com você? Está tudo bem? Perguntou ela, em um tom preocupado.
-Estou acreditando em tudo isso, minha cara, que este seja um paraíso para nós e vamos passar a eternidade aqui.
-O que?! Como assim? Isso é impossível!
-Mas, Carmen, se você parar para analisar é verdade. Olha...
Aaron foi interrompido por Koshir que estava ofegante.
"Lamento interromper a conversa, mas vocês são as primeiras pessoas que vi, preciso de ajuda." Os dois hesitaram por um segundo, mas acabaram seguindo os passos apressados do homem de turbante.

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