03 junho, 2010

Heterônimo.


Traço o trajeto da sua carapaça sem ao menos saber o caminho do labirinto da minha mente. Me sacrifico para carregar os fardos pesados da nova ordem so sei-lá-o-quê. Resmungo muito. Talvez por que não tenha muito o que elogiar ao ver um mundo inteiro entrando em putrefação. Sendo que, se parar para ver bem, cada mutação tem sua leveza, digamos.
Sou Machado, sou Kundera. O que se diz muitas vezes vale mais do que se faz. As vezes Exupéry ou Gaarder, incubindo à humanidade a tarfa de guiar todos a luz, pouco a pouco. Os lábios estão em brasa, o veneno que escorria agora está parcialmente seco. É necessário refinar as idéias.
Sou Descartes, sou Maquiavel (Muito pouco, por sinal), nada corre bem sem o método, sem o procedimento apropriado.
Sou muito, quero muito. Quero Tolkien, o dom de ter um dom. Criar o imaginário. Imaginar a criação... E concretizar a vida.
A verdade é que ninguém é um, e muitos são nada. São só os fardos pesados da nova (nova?) ordem.

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